Mulheres na medicina: por que elas já representam quase metade dos médicos no país e como elas se to

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As mulheres estão conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho, inclusive nas profissões tradicionalmente masculinas. Esse é o caso da Medicina, onde as mulheres já representam quase metade dos profissionais no Brasil e devem superar a quantidade de homens ainda neste ano, segundo dados divulgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Essa evolução na composição de gênero na Medicina traz consigo novas perspectivas e abordagens para o atendimento à saúde, potencialmente enriquecendo a profissão com experiências e habilidades diversificadas. Mas como essa mudança no perfil dos médicos brasileiros afeta os pacientes? Com a maior participação das mulheres no mercado de trabalho, a chamada feminização da Medicina é um fenômeno mundial, que traz um impacto positivo para o paciente ao elevar o número de profissionais que costumam ter mais habilidades relacionais, como a empatia. “Mulheres são dedicadas, costumam privilegiar a solidez e a qualidade do trabalho em detrimento da competição e valores elevados de remuneração. A presença feminina costuma ser acompanhada por compromisso e maior tempo de permanência com os pacientes”, diz a especialista Lígia Bahia, médica e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Esse impacto positivo pode ser observado principalmente nos casos em que pacientes mulheres se sentem mais confortáveis quando atendidas por alguém do mesmo sexo. Em algumas especialidades, a discriminação de gênero ocorre de maneira sutil, mas pode ter impacto na carreira e autoestima das profissionais. Margareth Fernandes, de 57 anos, cirurgiã geral, proctologista e diretora do serviço de cirurgia geral do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, conta que muitas mulheres procuram uma médica por sentirem vergonha de passar em um homem. Com relação às áreas de especialização, vale lembrar que, embora o País esteja atingindo um equilíbrio de gênero no número total de médicos, há especialidades que ainda mantêm amplo predomínio feminino ou masculino. Em dermatologia, pediatria e endocrinologia, as mulheres somam mais de 70% dos especialistas, enquanto em urologia, ortopedia e neurocirurgia, os homens representam mais de 90% dos profissionais. Além disso, apenas 25% dos médicos que atuam em especialidades cirúrgicas são do sexo feminino. Apesar disso, os cargos de liderança e de gestão na saúde ainda são majoritariamente ocupados por homens, o que torna a busca por essa igualdade de gênero ainda mais desafiadora. O maior nível de exigência com as mulheres pode ser um impeditivo para que elas cresçam profissionalmente, já que muitas vezes a busca por mais experiência e especializações esbarra na dificuldade de conciliar a carreira com a vida pessoal, casamento e maternidade. Para a especialista Lígia Bahia, é necessário romper padrões para tornar a profissão compatível com namorar, ter lazer, férias e trabalho digno e estável. Apesar dos desafios, é importante continuar promovendo a inclusão de mulheres na Medicina e em todas as áreas profissionais para que possamos ter um futuro mais igualitário e diversificado.
Imagem de um médico

Como a evolução na composição de gênero afeta os pacientes?

A evolução na composição de gênero na Medicina traz novas perspectivas e abordagens para o atendimento à saúde, potencialmente enriquecendo a profissão com experiências e habilidades diversificadas. Com a maior participação das mulheres no mercado de trabalho, a chamada feminização da Medicina é um fenômeno mundial, que traz um impacto positivo para o paciente ao elevar o número de profissionais que costumam ter mais habilidades relacionais, como a empatia. As mulheres são dedicadas, costumam privilegiar a solidez e a qualidade do trabalho em detrimento da competição e valores elevados de remuneração. A presença feminina costuma ser acompanhada por compromisso e maior tempo de permanência com os pacientes. Na prática, o atendimento médico pode sofrer transformações nas áreas de especialização preferidas, abordagens ao atendimento ao paciente e dinâmicas no local de trabalho.
Imagem de cuidado com o paciente

Como a discriminação de gênero afeta a carreira das mulheres?

Embora o País esteja atingindo um equilíbrio de gênero no número total de médicos, os cargos de liderança e de gestão na saúde ainda são majoritariamente ocupados por homens. Isso torna a busca por essa igualdade de gênero ainda mais desafiadora. As mulheres são submetidas a um maior nível de exigência e muitas vezes enfrentam dificuldades para conciliar a carreira com a vida pessoal, casamento e maternidade. Essa sobrecarga decorrente da tentativa de alinhar a vida profissional com a pessoal é vista como um dos maiores gargalos para a inclusão feminina em posições de liderança. Muitas mulheres buscam especializações clínicas e com rotina mais regular, esbarrando na dificuldade de conciliar a carreira com a vida pessoal. Algumas alunas já relatam que não seguirão em áreas cirúrgicas, por exemplo, porque não poderiam ter filhos e conciliar a vida profissional com a pessoal.
Imagem de mulher na carreira

Como a discriminação de gênero afeta o atendimento médico?

Em algumas especialidades, a discriminação de gênero ocorre de maneira sutil, mas pode ter impacto na carreira e autoestima das profissionais. Margareth Fernandes, cirurgiã geral, proctologista e diretora do serviço de cirurgia geral do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo, conta que muitas mulheres procuram uma médica por sentirem vergonha de passar em um homem, fazendo com que a presença feminina dentre os médicos, tenha um impacto positivo para o paciente ao elevar o número de profissionais que costumam ter mais habilidades relacionais, como a empatia. Além disso, o machismo afeta a saúde das mulheres ao ser reproduzido na Medicina. Estudos já mostraram, por exemplo, que pacientes mulheres têm piores desfechos clínicos se forem operadas por um homem em comparação com aquelas que foram atendidas por uma cirurgiã mulher.
Imagem de cuidado médico

No geral, apesar dos desafios para alcançar a igualdade, é importante continuar promovendo a inclusão feminina na Medicina e em todas as outras áreas profissionais, para promover a diversidade e a igualdade de gênero.

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